Porteira dos Orixás
Ao atravessar nossa porteira dos Orixás você encontrara-se com objetos de arte, decorativos e para usos no cotidiano. São obras vindas ao Aiê por inspiração, por emanação do Orum.
Creio nas almas, como madrinha ensinou-me no dia-a-dia da minha infância. Maria Leonir, de pele alva e cabelos cor de neve cintilante. Dona Maria parteira, devota de São Jorge, Benedito e Iemanjá clamava às 'minhas almas' ante problemas e agruras insolúveis pelos meios materiais. Na sua devoção católica cultuava às almas, via o Orixá de cabeça no julgo que fazia dos nossos temperamentos. Eu não tinha consciência disso, mas, foi ela que abriu as primeiras porteiras dos Orixás na minha vida. Ventura, 2016, manuscrito.

"Os Orixás controlam e são as próprias forças da natureza.
Sem a natureza não há Orixá. Acabar com natureza é acabar com os Orixás".
Eleomar dos Santos Rodrigues ensina que, "podemos considerar os Orixás como divindades servidoras da humanidade. São divindades da natureza que ligam o Orum (mundo imaterial e esiritual) ao Aiê (mundo material). Portanto, os orixás são intermediários entre o Deus Supremo (Olorum) e o mundo terrestre.
(...) alguns seriam divindades primordiais pela convivência com o Deus Supremo no início de tudo. Outros saõfiguras importantes como reis, rainhas, fundadores de cidades, que pelos seus grandes feitos foram divinizadoes, ou então por ligaões fantásticas com os elementos da natureza -n a terra, o vento os mares, os rios as plantas, os minerais, entre outros. Dizem os mitos da criação que no início dos tempos havia apenas um deus supremo que os afro-brasilerisos chamam de Olorum, o Senhor do Céu. Este Deus foi responsável pela criação dos orixás e destinou a eles a missão da criação e do governo do mundo...
Desde então, Olorum interfere ao mínimo no que acontece na vida terrena. o Deus Supremo, atua, apenas, nos grandes problemas terrenos.A palavra orixá é utilizada exclusivamente para definir as divindades e não para formas de espíritos comuns que possuem suas próprias denominações. Estas divindades trazem à mente a imagem de seres com personalidade e temperamento próprios certamente semelhantes aos seres humanos."
Fonte: RODRIGUES, Eleomar dos Santos. Orixás e (meio) ambiente: a feitura de confetos no terreiro da sociopoética. Dissertação defendida no Programa de Pós-Graduação em Educação, Fortaleza, 2011, p. 42. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/3092/1/2011_Dis_ESRodrigues.pdf
Orixás para Plantar
Iroco
Iroco, Iroko ou Loko é um orixá fitomorfo, ou seja, tem formas vegetais. Na África tem moradia na árvore irocô (Milicia excelsa). A gameleira branca (Ficus doliana) o personifica no Brasil.
Em Cuba , a árvore ceiba ou samúna (Ceiba pentranda) assenta Iroco. Este orixá simboliza a fecundidade, sendo sagrado em toda Costa da Guiné. É o protetor das árvores. "As árvores tem alma e são associadas ao espíritos Aziza, que é por outro lado, dão a magia aos homens; por outros , são associados ao culto dos antepassados." (VERGER, Pierre. Notas Sobre o Culto aos Órixas e Vonduns na Bahia de Todos os Santos, no Brasil, e na Antiga Costa dos Escravos. São Paulo: Edusp, 2000.
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Iroco, detalhe.
Iroco é protetor das árvores. "As árvores tem alma e são associadas ao espíritos Aziza, que é por outro lado, dão a magia aos homens; por outros , são associados ao culto dos antepassados."
(VERGER, Pierre. Notas Sobre o Culto aos Órixas e Vonduns na Bahia de Todos os Santos, no Brasil, e na Antiga Costa dos Escravos. São Paulo: Edusp, 2000, p.519.
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Vaso Iroco.
Técnica mista sobre cimento, 2020,
Fortaleza.
36CM diâmetro (base) X40CM diâmetro (boca)X38,5CM (altura)
Disponível na loja.
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Vaso Iroco. Detalhe.
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Vaso Iroco. Detalhe.
Xangô Afonjá
"Segundo a mitologia, Xangô teria sido o quarto rei da cidade de Oió, que foi o mais poderoso dos impérios iorubás. Depois de sua morte, Xangô foi divinizado, como era comum acontecer com os grandes reis e heróis daquele tempo e lugar, e seu culto passou a ser o mais importante da sua cidade, a ponto de o rei de Oió, a partir daí, ser o seu primeiro sacerdote".
Fonte: PRANDI, Reginaldo;VALLADO, Armando. Xangô, rei de Oió. BARRETI FILHO, Aulo (org.). Dos yorùbá ao candomblé kétu. São Paulo, Edusp, 2010, v. 1, p. 141-161.
Xangô tem muitas formas.
Na história iorubana Xangô Afonjá foi um oficial palaciano que se rebelou em 1817 e tomou o poder em Oyó (antiga cidade-Estado iorubá.
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Vaso Xangô Afonjá. Detalhe.
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Vaso Xangô Afonjá. Detalhe.
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Vaso Xangô.
Técnica mista sobre cimento, 2020,
Fortaleza.
36CM diâmetro (base) X40CM diâmetro (boca)X38,5CM (altura)
Disponível na loja.
Oxaguiã
Forma jovem de Oxalá ou Obatalá,, Oxaguiã é a emanação direta do Olorum (Oladumaré, Senhor do Orum criador da Humanidade, na tradição iorubana).
Jovem guerreiro, Oxaguiã, rei de Ejibô é chamado "Orixá-Comedor-de-inhame-pilado". O pilão foi uma invenção sua para melhor aproveitar o inhame.
Coragem e vigor são características deste orixá guerreiro protetor da paz. Nele se assentam o dinamismo da vida ante as lutas cotidianas.
Fonte: VERGER, Pierre; Orixás, Deuses Iorubás na Africa e no Novo Mundo; 5.ª ed; Currupio, Salvador, 1997
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Vaso Oxaguiã. Detalhe.


Vaso Oxaguiã Detalhe.
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Vaso Oxaguiã. Detalhe.
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Vaso Oxaguiã.
Técnica mista sobre cimento, 2020,
Fortaleza
36CM diâmetro (base) X40CM diâmetro (boca)X38,5CM (altura)
Disponível na loja.
Oxum
"Orixá iorubano das águas doces, da riqueza, da beleza e do amor. Segundo alguns relatos tradicionais, é divindade superior, tendo participado da Criação como provedora das fontes de águas doces. é o nome tutelar do rio Óshun, que nasce em Ekití, no Leste da Nigéria, e passa pela cidade de Oshogbo, onde se localiza seu primeiro santuário.
No candomblé baiano, é... Oxum-Pandá, Iabá-Omi, Oxum-Abaé, Oxum-Abotô, Oxum-Apará (a mais jovem) Oxum-Ioni, Oxum-Abalô (a mais velha), Oxum-Timi, Oxum-Akidã, Oxum-Ninsim, Oxum-Ninsim, Oxum-Lobá, No Haiti, é conhecida como Mademoiselle Anaisé; na República Dominicana, como Anaísa, Anaísa Pié e Anaísa Pié Dantó. Em Trindade e Tobago seus equivalentes seriam... Girebete e Demorlé. Em Cuba, outras manifestações de Oxum ou entidades a ela associadas são Alle, Ijumo, Logoún (Logun-Edé), Oloponda, Olueri, Onilaba, Suni, Tobochimelife e Yumí".
Fonte: LOPES, Nei. Enciclopédia Brasileira da Diáspora africana. São Paulo: Selo Negro, 2004.

Vaso Oxum-Apará.
Técnica mista sobre cimento, 2020,
Fortaleza
36CM diâmetro (base) X40CM diâmetro (boca)X38,5CM (altura)
Disponível na loja.

Vaso Oxum-Apará. Detalhe.

Vaso Oxum-Apará. Detalhe.

Vaso Oxum-Apará. Detalhe.
Obatalá
"Nas versões mais divulgadas no Brasil, Obàtálá é apenas o criador dos seres humanos, pois não pode criar o ayé, por ter se embriagado. No poema que resgataremos, ao contrário, ele é o Òrìsà da criação da terra propriamente dita. É ele, Obàtálá, única e exclusivamente ele, que traz a terra e cria o ayé (VERGER, 1997a, p. 83).
Apesar de tal versão não ser conhecida no Brasil, a tradição e a diáspora das religiões afro-brasileiras foi forte o suficiente para conservar Oxalá como o Grande Orixá, criador do mundo e dos homens."
Fonte:MARINS, Luiz L..Òrìsà dídá ayé: òbátálá e a criação do mundo iorubá. São Paulo: África, São Paulo. v. 31-32, p. 105-134, 2011/2012, p. 106.
Disponível em: file:///C:/Users/Usuario/Downloads/115347-Texto%20do%20artigo-210566-1-10-20160512.pdf

Vaso Obatalá em Quintal Afro
Disponível na loja.



Vaso Obatalá. Detalhes.
